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Os homens tem espaço no mundo da costura? A voz da costura nº 04

Embora seja uma atividade culturalmente atribuída ao universo feminino, a costura sempre teve profissionais homens e atualmente têm crescido muito em número. Os homens têm buscado a costura como uma alternativa, muitas vezes para complementar a renda ou até mesmo como simples hobby. Outros ainda passam a ter a costura como principal atividade, dando rumo a sua vida profissional.

Em Paris, por exemplo, é muito comum encontrar pelas ruas estabelecimentos conhecidos como Retoucherie (nome que provém de Retouche, retoque em francês). Normalmente são pequenas oficinas de consertos de roupas, aparentemente muito antigas e com homens no atendimento.

Na Escola de Costurar temos percebido a participação de mais homens nas lives semanais e até mesmo inscritos nos cursos. Um destes alunos, o Ricardo Perpétuo, nos concedeu uma entrevista falando da sua experiência com a costura e o que o motivou a encarar essa atividade.

As culturas ao redor do mundo são bem diferentes e percebemos que no Brasil ainda é uma atividade essencialmente feminina, mas essa barreira está sendo rompida e cada vez mais é possível encontrar homens se dedicando a costura.

Uma grande curiosidade da qual talvez poucas pessoas tenham conhecimento é que Virgulino Ferreira, o lampião rei do cangaço, também foi um costureiro e vários cangaceiros de seu bando também sabiam costurar e bordar (segundo relatos de um ex-cangaceiro ao historiador Frederico Pernambucano de Mello e partes do livro “Lampião: memórias de um ex-oficial das forças volantes” (1953), de Optato Gueiros).

Tivemos a oportunidade de conhecer um jovem angolado de apenas 18 anos chamado Domingos Calete Ngonga que está trabalhando exclusivamente com costura e criou sua própria marca, a Okutonga.

Domingos também nos concedeu uma entrevista e fala um pouco sobre o seu início na costura e seus planos futuros.

Veja abaixo, em vídeo, a matéria do mês de fevereiro da Voz da Costura.